Escultura cinética, construída em aço corten sobre uma base de concreto estrutural revestida com o mesmo material. Sem pretender ativar sentidos simbólicos ou representacionais, podemos admitir sua na- tureza concreta, ou seja, é aquilo que objetivamente vemos, uma composição com diferentes arcos posicionados espacialmente. Estabilizada com duas tangentes, seu movimento oscilatório e decrescente, é gerado na interação com o vento dominante do lugar onde foi instalada. Traços estruturais reduzidos a um procedimento mínimo e funcional, suscita um espaço esférico imaterial contido no limite físico da obra com 386 cm de diâmetro. Este vazio espacial pode ser concebido pelo observador por abstração.
Neste sentido, além de uma relação direta com o vento e sua natureza cinética, esta obra, ativa também uma construção mental que acontece na relação com o observador, daí podemos admitir sua natureza também fenomenológica.


