Movimento à Tecnologia surge da observação da cidade e seus trânsitos, que parecem desenhar “cortes” na paisagem. O gesto de ir e vir do facão é o conceito plástico que motiva a forma da obra. A escultura consiste em duas grandes peças de aço que, ao se encaixarem, unem matéria e memória. Trata-se da materialização de um esforço que o artista considera desobediente, de tentativas e erros. Com um corpo de trabalho baseado na investigação sobre a tradição e o comportamento do ferro, as tecnologias e a importância da teimosia, Natan Dias reflete sobre os apagamentos institucionais e temporais que se conectam com sua origem familiar e ancestral.

